quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Águas...

Está tudo tão mudado, tanta cor, tanta confusão.
Por mais que eu tente desesperadamente arregalar meus olhos pequenos, não enxergo muita coisa além de cores.
Nesse emaranhado de figuras estranhas, de cores, amores e desamores, algo me atingiu.
Mas o medo de sentir o mantém longe, bem longe, até que me convença de que sentir nem sempre é ruim.

Uma bagunça, uma bagunça infinita, de cores, perfumes e flores...
Talvez sejam águas, águas de primavera.

E ela vai chegar em você também.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Decifrando-me

Acho que sou a obra inacabada de um pintor, com gotas de poesia, aroma silvestre e melancolia correndo em minhas veias.

Se liga!

A maneira como os seres humanos se referem ao amor hoje me causa repulsa, me vira o estômago, me tira o folêgo.
Entenda pela quinquiesmilésima vez que não, amor não é uma bala de 5 centavos que se compra em qualquer esquina. Amor é mais que isso, bem mais que isso!

Olhe suas mãos!

Mas se olhar em suas mãos vai ver que ainda há sangue, e se olhar pra teu umbigo, no caminho encontrarás o rombo em seu peito causado por um coração que deixou de pulsar.

Mistério?

Talvez o que deveras sou não passem de ruínas, escombros, poeira e lixo. Ou eu seja apenas uma obra inacabada cujo o fim é tão desconhecido como a origem.

Pobre coração, pobre eu.

Sinto em minha boca o amargo gosto da tristeza.
Em segundos uma nuvem de tudo que não é bom estacionou-se sobre mim, encobrindo o sol que outrora fez a alegria brilhar.
Sinto em meu peito pequenos solavancos, talvez seja meu coração tentando me dizer algo - inutilmente.
Pobre coração, esqueceu-se que já não o ouço mais, suas palavras por mais boas e doces sempre me levam a decepção e a frustração.
Essa noite talvez dure por um milênio, porém contenho minha respiração, calculando-a inerravelmente, até que a aurora da manhã me encontre, e enfim eu possa despertar dessa estranha sensação que é viver.

domingo, 4 de setembro de 2011

Terra Estranha.

Quando abri meus olhos tentando me encontrar, notei que estava cercada de zumbis. Cada um carregava em suas mãos um coração humano ainda pulsado...
Assustada perguntei: O que é isso?
E tomando a frente, um baixinho me disse: São corações, que o amor se encarregou de exilar.
Novamente fechei os olhos na tentativa de acordar daquele sonho horrível, em vão.
Abaixando lentamente, envolvi-me em meus próprios braços e gemi: Onde estou, que desgraça de lugar é esse?!
O baixinho apareceu novamente e agora sorrindo sarcasticamente sussurrou em meu ouvido: Este é seu mundo querida, o seu mundo sem máscaras e mentiras.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011