O que vejo?
Nada além de degraus.
E o que eles fazem?
Bom, as vezes me frustram, outras ofuscam minha visão, e em outras me derrubam até o início novamente. Mas são apenas degraus, e não podem me fazer retroceder, nem me derrubar.
Eles foram feitos pra eu subir, certo?! E é exatamente isso que vou fazer, subir.
Não, eu não encaro isso como soberba, mesquinhez ou egoísmo - que seja - é apenas a maneira de se manter vivo e de pé nos dias atuais.
Ser poeta as vezes é um fardo, e as vezes ser um diário ambulante que jamais poderá ser aberto para ninguém pode enlouquecer.
As vezes respirar dói, desde os pulmões até a alma, e lágrimas? Minha tese sobre elas não é lá grande coisa, e talvez nunca se solidifique, mas o que sei é que elas carregam pedaços nossos a cada nova gota escorrendo na face, e quando tocam o chão, assemelham-se a terremotos devastadores.
Vida? É, não posso defini-la muito bem. Estou apenas exercendo-a.
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