Hoje o dia amanheceu mais frio, as lágrimas caíram com mais intensidade, e em meu peito inflamaram-se chamas outrora contidas por fantasias.
Hoje, faz um ano que venho te matando de várias formas. Um dia você morre em um acidente, no outro você morre em um ataque, e em outro morre antes mesmo que eu te conheça. Sim, eu acordo e mais que depressa penso em uma maneira diferente e convincente de te matar dentro de mim, caso contrário, sou eu quem morro.
Mas de tanto treinar viver sem você, eu aprendi! E agora, agora só me restam algumas - malditas - lembranças empoeiradas, que hora ou outra me atormentam. Embora eu já tenha me acostumado à elas também.
Descobri que estou viva, mesmo com um coração despedaçado, descobri que eu posso suportar a dor. E entre uma lágrima e outra, eu escondo o amor que triturado tornou-se em dor, pesar, ressentimento.
Coloco um sorriso no rosto, um esparadrapo sobre a ferida do coração, e está tudo bem.
Eu consegui, mais uma vez. Eu venci você dentro de mim hoje denovo.
Agora é só questão de tempo, só questão de tempo, e eu te sepultarei - dentro de mim - pra sempre!
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