Fazem alguns minutos que dentro de mim morreram as últimas chamas que haviam acesas.
Tentei de todas as formas maquiar o vazio, esconder a necessidade de alguém pra abraçar. Mas nesse momento acaba de rolar pela minha face a última gota da minha essência.
Chorei meus sentimentos, minha alma, meu coração, minhas alegrias já mortas, minhas memórias apagadas, minhas mãos contorcidas pela dor, chorei minhas próprias lágrimas causadas por muitos.
Não sei mais como é sorrir. Não sorrir pra esconder, mas sorrir de felicidade.
Desconheço qualquer manifestação de alegria, e tudo que consigo enchergar é um céu cinza e sem vida.
Estou debilitada, me perdendo em meio tanta mediocridade de fingir uma vida feliz. Tentei me erguer mas permaneço caída em meio a desilusão e ao desepero.
E como uma pessoa que se afoga, eu me desespero em meio o mar da solidão. Como uma criança grito de medo, como um cão sou chutada e como um inseto esmagam meus sentimentos.
Eu queria, queria muito tentar mais uma vez. Queria sentir novamente, nem que fosse dor. Mas já não sou capaz. Chega uma hora que você é apenas anestesiada enquanto assiste cada pedaço do seu coração sendo destroçado brutalmente por mãos que se diziam amigas.
Embora meus relatos não me tragam paz, eles nunca me acusarão, jamais deixarão de me pertencer e não me deixarão só nunca.
Talvez essa seja minha cina, morrer escrevendo enquanto sou esquartejada por falsas promessas.
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