Sempre chega a hora da solidão, e sempre chega a hora que o poeta chora.
Sempre chega a hora que tudo perde a cor, e já é hora de arrumar o armário.
Mas... É tão difícil se desfazer do que outrora era meu alge de felicidade, e agora já não me serve, não encaixa, não tem cor.
Hora de revisar o que de fato só está acumulando bagunça e poeira, como um passado mal resolvido.
Chega o momento de doar, se desfazer, ou apenas jogar no lixo.
O armário da minha vida está por arrumar a muito tempo, e talvez não seja tarde demais.
Provavelmente, escutarei uma música estranha, com acordes profundos nesse fim de dia monótono e começarei pelas partes mais altas - as que doem mais- e depois, bom, depois eu não vou chorar. Vou apenas tapar os ouvidos enquanto a dor grita em meu peito, e mais uma vez dizer pra mim que eu estou bem.
E a verdade? A verdade é que 'você está bem?' é apenas uma pergunta retórica, e é mais verdade ainda que ninguém nunca quer saber se você de fato está bem, e a verdade é maior quando te dizem 'vai ficar tudo bem', e você sabe que não vai. Nunca fica...
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