sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Não, essa não é mais uma carta de amor!

Só é possível ver a vida através de olhares, e definitivamente eu devo estar morta. Não vejo mais olhares, não ouço mais palavras, não sinto mais abraços, além das minhas lembranças tão distantes, só me resta o silêncio, que por segundos parece gritar brutalmente contra meus ouvidos.
Vagamente me lembro dos dias de sol, e a monotonia é quem predomina na maior parte das minhas horas fadigantes.
Acho qe estou sendo consumida mais uma vez por turbilhões de sensações estranhas e pensamentos que se rompem como grandes ondas quebrando na praia. É como se explodissem fogos em meu coração a cada nova batida. Mas são fogos que ferem, e as faíscas sempre encontram um jeito de chegar aos meus olhos - odeio essa parte .
Como uma valsa dançada lentamente meu sangue corre em minhas veias, sem rumo assim como meus passos.
Ainda acordo lavada de lágrimas quando lembranças de dias felizes pertubam meu sono. Mas estou aprendendo a lidar com isso.
Estou aprendendo não precisar de ninguém, aprendendo a ser meu próprio motivo, a própria causa da minha falta de sorte, ou seja lá o que for isso.
Estou aprendendo a morrer sozinha, a salvar minha própria vida, e apagar minhas próprias memórias.
Estou aprendendo que deixar de sorrir não precisa ser tão ruim. É só questão de tempo!
E será que amar é mesmo tudo?!

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